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Planejamento

Estratégias de transformação do novo normal

Do AGORA até o NOVO NORMAL quais são suas estratégias de transformação?

Hoje nos deparamos com um cenário de muitas variáveis e incertezas! Quando será o pico da pandemia? O que esperar para os próximos meses? Quais os riscos para meu negócio? Qual será a velocidade de retomada? Qual será o patamar de estabilização? Quais os impactos teremos com esta crise? Como será o “Novo Normal”?

Grande volume de organizações estão focadas no AGORA, na sobrevivência do curto prazo. Entretanto, visto que a maioria dessas perguntas ainda não temos respostas, intensifica-se a necessidade de prepararmos para as fases de RETOMADA e NOVO NORMAL.

A F5 Gestão e seu time de especialistas desenvolveu um modelo para auxiliar a sua empresa a enfrentar essas 3 fases.

NOW – CASH IS KING

Enfrentamos um cenário de desestabilização econômica e esta expressão CASH IS KING traduz muito a situação atual. Em uma tradução literal “o dinheiro é o rei” mostra que para a sobrevivência do seu negócio, o dinheiro em mãos que fará a diferença. Provocamos você então a refletir: como gerenciar os efeitos imediatos da pandemia?

Quanto mais rápida a ação menores serão os impactos. Trabalhar suas alavancas de receita e despesa são o primeiro passo para o curto prazo, o AGORA, visando evitar uma situação de insolvência.

Quais as medidas já foram tomadas e quanto tempo o seu caixa conseguirá superar esta crise? Consulte nosso time de especialistas e encontre alternativas para te auxiliar na sobrevivência do AGORA.

Na linha de RECEITAS

Faturamento: Analise se seu portfólio de produtos/serviços conseguirá gerar faturamento, se será afetado pelo isolamento, lock down, redução ou aumento de consumo, se você tem concentração na carteira de clientes (isso impacta direto no recebimento);

Recebimentos: Analise os clientes e segmentos cujos recebimentos estão previstos, entenda os cenários e projete possíveis inadimplências;

Preços: Entenda sua cadeia de suprimentos, seus fornecedores como estão reagindo, se possui itens que variam em função de moeda estrangeira, possibilidade de redução de custos com trabalhos remotos, se adapte;

Condições de pagamento para os clientes: Analise como está o seu risco de recebimento, em função do listado no item 1 e 2, veja a necessidade de flexibilidade, porém minimizando seus riscos.

Na linha de CUSTOS E DESPESAS

Fornecedores: Reveja contratos vigentes, classifique seus fornecedores por grau de necessidade/importância e negocie melhores condições, de valores e prazos de pagamentos, conforme seu ciclo de recebimentos;

Impostos: Veja a necessidade de pagamento de impostos e possibilidade de não pagamento/prorrogação;

Estrutura: adeque sua estrutura, tanto de pessoas quanto produtos/serviços e simplifique processos. Atue com o essencial para a sobrevivência do negócio com o mínimo de dispêndio financeiro;

Estoque: entenda o giro dos produtos, veja a necessidade de revisar seu portfolio de produtos, desenvolva estratégias para diminuir seu estoque sem gerar rupturas. Caso seu cenário de caixa seja positivo, seus produtos oscilem em moeda estrangeira, ver a possibilidade de abastecimento;

Na linha de ENDIVIDAMENTO

Endividamento: Entenda sua programação de pagamentos de dívidas, como está o seu grau de endividamento e as previsões de pagamento, possibilidade de novas linhas de crédito com melhores condições; Reavaliação dos investimentos conforme grau de liquidez, suspensão de investimentos caso necessário para manutenção do caixa.

Analise Investimentos as perspectivas sobre mais de uma ótica. Recomendamos a utilização de 3 cenários:

CONSERVADOR: Cenário pessimista, considerando período mais longo de restrições e interrupções de negócios e início de regresso econômico, de forma gradativa, em longo prazo (5 meses 1);

REALISTA: Cenário considerando uma projeção do que ocorreu neste primeiro momento de pandemia e início de regresso econômico, de forma gradativa, em médio prazo (3 a 5 meses 1);

AGRESSIVO: Cenário otimista, início de regresso econômico, de forma gradativa, em curto prazo (2 a 3 meses 1).

1 Período considerando o início do isolamento social e medidas de fechamento do comércio

AGORA – SEGURANÇA DAS PESSOAS

Em cenários de pandemia o foco deve ser na saúde das pessoas e nas ações para minimizar/conter a proliferação do vírus. Medidas realizadas AGORA são recomendadas para auxiliar as organizações neste período de sobrevivência do negócio e visando garantir a segurança do principal pilar das empresas: as pessoas. Repassamos aqui algumas recomendações:

Ofereça um ambiente seguro para realização das atividades. Informação é uma das ferramentas mais poderosas, comece por aí. Você deve fornecer condições para que seus colaboradores se protejam, disponibilizando o básico para higienização no local de trabalho (água, sabão, álcool 70º) e equipamentos para proteção individual EPI (máscaras, protetores faciais, luvas, dentre outros).

É de suma importância a organização implantar um programa de monitoramento da saúde, seja para acompanhar colaboradores contaminados ou que necessitam de suporte para acompanhamento de familiares doentes ou necessidade de quarentena. Apoio psicológico torna-se de extrema relevância, tratando as questões relacionadas ao stress e também da autoestima.

Caso o ambiente não seja propício para manter esta segurança recomenda-se a utilização dos trabalhos via home office ou estratégias de jornada de trabalho e, para casos extremos, dispensa dos colaboradores (férias, banco de horas, encerramento de contrato). Suporte para realização do trabalho remoto bem como as regras e protocolos de boas práticas devem ser direcionados à equipe para o bom funcionamento das atividades.

Também se torna um momento e reavaliar a estrutura de trabalho (pessoas e processos primordiais neste cenário), rever prioridades, e principalmente não ter ociosidade de mão de obra, se necessário reforçar/redirecionar pessoas para as atividades prioritárias. Os processos internos precisam ser ágeis e eficazes garantido nível adequado de atendimento.

Mantenha engajamento com seu público interno e externo, informando as ações da empresa em relação ao seu posicionamento e em relação à sociedade. Este cenário exige colaboração e amparar parceiros, clientes e colaboradores auxiliam a minimizar os efeitos de cenário de crise.

RETOMADA – RELEVÂNCIA DO CLIENTE

Como retomar o seu negócio em um ambiente incerto (sem perspectivas de curas, vacinas, picos da doença, reincidência pandêmica) e com as economias globais neste mesmo processo?

O processo de retomada, independente da vertente de atuação exige como um primeiro passo inovação e resiliência, o poder de adaptação ao novo cenário, o NEW NORMAL. O que mais se escuta na atualidade é “captura de oportunidades”, verificar onde você pode se reinventar ou aproveitar as oportunidades para até mesmo reinventar o seu negócio.

É sabido também que determinados setores terão diferenças de estágios de evolução porém, para este processo de RECOVER possibilite às organizações retomarem suas posições, o foco das organizações deverá ser em três grandes pilares: CUSTOMER RELEVANCE, SUPPLY CHAIN e MOBILIZE PEOPLE.

CUSTOMER RELEVANCE

A geração de receitas não pode ocorrer de forma gradual, acompanhando a curva de retomada do mercado. As organizações devem analisar qual o seu perfil de cliente para que, neste formato, possam gerar o seu posicionamento de mercado e desta forma conseguir se antever às ações de concorrentes.

É o momento de redefinir sua posição competitiva e assim atender cada vez mais as expectativas do seu cliente. O Cliente deve estar no centro do seu modelo. Para isso devem ser repensadas, principalmente, suas formas de atuar: seja na fidelização da carteira atual com ações promocionais direcionadas para manutenção da sua base fidelizada ou através da atração de novos clientes, com iniciativas focadas em gerar uma nova base de dados com preços e condições direcionadas para este propósito.

O que é mais importante neste processo é a preocupação com o cliente: segurança, saúde, suporte (presencial ou remoto), diversificação de canais de vendas, principalmente no formato remoto/digital, e suporte às vendas, flexibilizações quanto à condições de pagamentos.

O formato de consumo e o formato de trabalho provavelmente não serão os mesmos, devido a isso as organizações necessitarão reavaliar toda sua cadeia de suprimentos, seja no processo de produção, no seu ritmo e/ou na sua escala de produção. Isso demonstra uma oportunidade de melhoria de performance das organizações, como resposta a este novo movimento. E este possibilita às empresas gerar maior entrega aos clientes e, por consequência, alavancagem de mão de obra e serviços.

Aliado a este cenário temos as mudanças de comportamento do consumidor que tedenciarão para o consumo “local”, valorização da comodidade e da consciência ambiental. Como sua empresa está se preparando para estes novos hábitos de consumo?

RETOMADA – CADEIA DE SUPRIMENTOS

SUPPLY CHAIN

O Processo de retomada da SUPPLY CHAIN aparece como crucial em um cenário de crise. Este é o setor que apresenta maior risco ao negócio por trabalhar com dois de seus grandes ativos: o caixa e o estoque.

A demanda do negócio deve ser revisada, considerando no mínimo 3 cenários (Agressivo/otimista, Realista, Conservador/Pessimista). Para previsão destes cenários deve-se considerar os sinais de demandas recebidos pelos clientes no curto prazo para que possamos realizar projeções para um médio e longo prazo.

Os dados precisam ser confiáveis e para isso, neste momento, sugere-se analisar as respostas imediatas do mercado e também tentar entender como o seu segmento em países que já estão retomando a economia, tem se comportado, de forma a trazer menor distorção de erros para suas projeções de cenários.

Um ponto de grande relevância que se apresenta neste cenário de retomada para o NEW NORMAL é utilizar-se cada vez mais de analises de base de dados e informações estatísticas para que te auxiliem a minimizar o percentual de desvio das projeções e por conseguinte a minimização de riscos e maior assertividade no processo de S&OP (de fundamental importância pois geram impacto direto no caixa da organização).

Também torna-se o momento de não somente focar na inteligência comercial mas também de trazer este tipo de inteligência para as previsões de cenários e de demandas.

O NEW NORMAL será cada vez mais direcionado para processos gerenciados por algoritmos (grandes bases de dados tratados com métodos estatísticos tomando decisão gerencial para os nossos gestores). Com isso mix de produtos e serviços tendem a ser revistos e otimizados, focados neste novo cenário.

Conforme demonstrado anteriormente que o foco consiste no CUSTOMER RELEVANCE as capacidades de entrega devem ser revistas e adequadas à nova realidade do negócio. Desta forma todos os canais de distribuição (terrestre, aéreo, dentre outros) devem ser parametrizados à nova condição da organização, evitando assim reflexos diretos no processo de geração de receitas e na CUSTOMER RELEVANCE.

Por consequência a tendência também direciona para menor concentração de compras (menores volumes com maior aumento de frequência) flexibilizando assim os relacionamentos entre fornecedores e aumentando assim os processos de relacionamento e fidelização. Por fim, analisar também seus processos de vulnerabilidade e definir tomadas de decisões que possam mitigar os gaps identificados e auxiliar a organização em montar uma curva de aprendizagem organizacional para futuras exposições (o seu financeiro deve ser capaz de suportar sua SUPPLY CHAIN).

Quão avançados vocês estão nesta transformação verificando a possibilidade de alteração no ecossistema e colaborações não tradicionais com parceiros por toda a cadeia de suprimento? Como o seu caixa está sendo gerido, de forma a liberar recursos para serem destinados à partes relevantes da cadeia de valor do seu negocio para retomada?

RETOMADA – MOBILIZAÇÃO DE PESSOAS

MOBILIZE PEOPLE

Para que se concretize a geração de demandas através da CUSTOMER RELEVANCE e de uma boa estruturação da sua SUPPLY CHAIN neste cenário, a parte referente a MOBILIZE PEOPLE se tornará ainda mais relevante. As organizações vão necessitar cada vez mais de equipes ágeis, com pensamentos ágeis, para auxiliar em tomadas de decisões importantes e de forma mais assertiva.

As equipes trarão novos perfis de liderança, com maior foco em resultados e maior autonomia para tomadas de decisão, apresentando dinamicidade ao negócio. A alocação de recursos deverá ser revisada para uma estrutura cada vez mais enxuta e mais direcionada ao sentido real do negocio. A pressão sobre custo se apresentará de forma mais significativa, com isso as equipes deverão trabalhar em formato mais enxuto.

O trabalho digital e acesso remoto podem estar em formato mais presente e reposicionados para atender às expectativas dos clientes. Com isso habilidades em análise de dados e algoritmos, reflexos de ações digitais, serão ferramentas fundamentais para melhor direcionamento dos negócios da organização e tomadas de decisões relacionadas a consumo e demanda de produtos/serviços.

Para suportar esta nova realidade, investimentos relacionados à TI e aumento de produtividade se tornarão cada vez mais presentes. Foco em integração de etapas, negócios e adaptação dos modelos da organização tornarão o maior desafio. Para que a eficácia e eficiência se tornem presentes a integração dos processos se tornará cada vez mais presente para que a tomada de decisão seja baseada e fundamentada em dados e possibilitando aumento da agilidade para tomada de decisão.

Esta etapa também se tornará marcante pela constante atualização e revisão de tendências que podem afetar as projeções e cenários. Para isso a organização deverá estar atenta às disrupções necessárias para o novo formato de trabalho:

  • Líderes terão que aprender uma “nova forma de trabalhar”
  • O planejamento e as revisões constantes, com sprints de acompanhamento, para garantir a sustentabilidade do negócio;
  • Investimentos direcionados apenas a negócios principais da cadeia de valor da empresa;
  • Flexibilidade e agilidade: palavras de sucesso para qualquer negócio.

Como sua empresa está se preparando para estes novos hábitos de consumo? O time de especialista da F5 Gestão podem te auxiliar neste posicionamento!

Escrito por Jainir Alves

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2 comentários

JAINIR ALVES JUNIOR 18 de junho de 2020 em

Vale a leitura para o momento.

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Geraldo Bragion 19 de junho de 2020 em

Queremos que o Portal Consultor seja um repositório de informações que ajudem a alavancar os resultados dos negócios.

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